Tropas de Polaridade: Conversas diásporas by Icaro Janeiro 14, 2023 0 Investigação, Novidades

HANGAR – Centro de Investigação Artística Programa de Pesquisa
Primeira edição – 26 de janeiro, 18h às 20h2023
Por Dzifa Peters

Instalação filmada como parte do projeto Sendo um convidado (2015 em andamento), por Dzifa Peters em colaboração com Josef Zky, Artspace: Container, Duesseldorf, 2016.

DETALHES

O Programa de Pesquisa Artística HANGAR – Centro de Investigação Artística está lançando o evento de pesquisa intitulado Tropas de Polaridade: Conversas Diásporas. Este evento compõe a prática artística da artista visual e pesquisadora germano- ganesa Dzifa Peters com sua pesquisa de doutorado, que se concentra nas identidades e representações afrodiasportivas na cultura visual, nos meios de comunicação e nos estudos literários, e investiga alternâncias de identidades e perspectivas culturais coexistentes. Como anfitrião na HANGAR, Dzifa Peters convida artistas e estudiosos a se juntarem em apresentações rotativas e um intercâmbio dialógico.

Artistas e estudiosos da primeira edição

Gloria Adu-Kankam é bolsista ganense da FCT e estudante de doutorado em Estudos Culturais do Consórcio de Lisboa da Universidade Católica de Portugal. Ela é graduada em Economia da Terra pela Universidade de Ciência e Tecnologia Kwame Nkrumah, Gana, e tem um Mestrado em Assuntos Internacionais com especialização em Estudos Africanos pela Universidade de Ohio, EUA. Sua pesquisa de doutorado diz respeito ao afrofuturismo e à ficção científica, com foco especial na cultura tecnológica africana.

Brenda Bikoko é estudante de doutorado na Vrije Universiteit Brussel. Ela investiga a reapropriação do arquivo fotográfico colonial na arte contemporânea com uma abordagem intersetorial. Os artistas em que ela se concentra são mulheres que estão ligadas à Europa de uma forma ou de outra. Ela está envolvida em Troubled Archives, um coletivo de artistas e pesquisadores com Rokia Bamba, Loes Jacob, Michael Murtaugh, Peggy Pierrot e Antje Van Wichelen, que se envolvem criticamente com – colonial – práticas de arquivamento, inclusive em relação às técnicas contemporâneas de vigilância, tais como software de reconhecimento facial. Para eles, é importante encontrar um lugar de dignidade a partir do qual se possa enfrentar a violência e indiferença em relação às fotografias nos arquivos coloniais.

Alice Marcelino é uma artista luso-angolana com sede em Londres e trabalha entre Londres, Lisboa e Luanda. A artista é formada pela Universidade de East London com um B.A. (Hons) em Fotografia e está cursando um Mestrado em Mídia Digital na Universidade Goldsmiths em Londres. Seu trabalho visual explora noções de pertencimento, analisando cultura, tradição, migração e identidade e refletindo sobre seu significado em nosso mundo global complexo e em constante mudança.

Helena Vicente é portuguesa e nasceu em Angola. Ela tem um mestrado em Comunicação e Cultura. Ela focalizou sua tese na (in)visibilidade de profissionais negros na televisão portuguesa. Ela está interessada em desenvolver projetos sobre a população negra portuguesa, o colonialismo, o racismo, as disparidades de gênero e os estudos sobre igualdade e mídia. Ela tem estado envolvida como promotora (e co- fundadora) de alguns grupos informais como Together2Change, Grupo EducAR e Mulheres Negras Escurecidas. Durante o período da pandemia ela trabalhou como pesquisadora social no ICS- ULisboa. Ela quer construir um país, uma identidade e um futuro no qual pessoas como ela não sejam Outras – Mulheres, Negras, (I)migrantes.

Dzifa Peters (Host) é uma artista plástica germano-ganesa baseada em Lisboa e doutoranda no Consórcio de Lisboa / Centro de Pesquisa em Comunicação e Cultura (CECC) da Universidade Católica Portuguesa. É pesquisadora visitante de doutorado no Centro de Pós-Graduação para o Estudo da Cultura (GCSC) e em Cotutelle com Justus- Liebig-Universität Giessen, além de trabalhar internacionalmente como artista freelancer e em projetos curatoriais. Seu projeto de pesquisa é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e analisa identidades coloniais, pós- coloniais, afrodesportivas e contemporâneas através da fotografia, investigando alternâncias de identidades e perspectivas culturais coexistentes, ao mesmo tempo em que incorpora a pesquisa baseada nas artes, refletindo sobre sua própria prática artística como um meio de produção de conhecimento.