Maria Gabler (Santiago, 1989) cria instalações site-specific que criticam os lugares em que interferem. Essa abordagem é baseada na observação de características de construção e arquitetônicas de cada lugar, assim como seus respectivos contextos históricos e culturais. Os materiais e técnicas utilizados em seu trabalho estão geralmente relacionados ao campo da construção civil: vigas de madeira, metal, poliestileno expandido, entre outros. Esses materiais permitem com que a artista crie numa escala habitável, transgredindo os limites entre arte e arquitetura.
O trabalho de Gabler explora como os elementos do “mundo construído” interagem e informam os espectadores sobre seus lugares entre espaços públicos e privados. Através de suas instalações, a artista procura tranformar o nível de percepção que temos de nossas experiências ao interromper os códigos e estruturas que determinam a maneira que nos relacionamos com a arquitetura, arte, objetos e os espaços em que estão inseridos ou relacionados.
Desde sua primeira exibição em 2011, já realizou mais 6 exposições individuais e participou de mais de quinze coletivas. Seu trabalho foi renomado diversas vezes (como o primeiro lugar em “Showroom Pavillion” na feira de arte ChACO de 2011 e terceiro lugar em CCU Grant em 2015) e foi premiada ao receber financiamento público para sua produção artística 2 vezes (FONDARTE 2015 e 2017). Em 2018 foi comissionada para realizar uma instalação temporária no Centex Valparaíso, onde está localizado o Ministério Chileno de Artes e Cultura, e desde 2020 um dos seus trabalhos faz parte da coleção de arte contemporânea dessa instituição.
Sua residência no Hangar é um projeto fundado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Cultural e Artístico do Chile 2021.