Délio Jasse (Luanda, 1980) vive e trabalha em Milão. No seu trabalho fotográfico, Jasse junta images encontradas a traços de vidas passadas (passaportes encontrados, albuns de familia) para traçar ligaçoes entre a fotografia – nomeadamente o concepto da “imagem latente” – e a memória. Jasse é também conhecido por experimentar com os processos da fotografia analógica como o “Van Dyke Brown” assim como para desenvolver as suas próprias tecnicas de impressão. Os processos analógicos que Jasse utiliza conferem aos seus trabalhos um carácter monotipico, subvertendo a reproducibilidade do medium fotográfico, atraves da intervenção directa sobre suportes unconvencionais assim como a aplicação de emulsão con notas cromáticas. Exposiçoes recentes incluem a colectiva Recent Histories: New Photography from Africa at the Walther Collection Project Space em Nova Iorque, a seleçao oficial da Bienal de Dakar em 2016, Milan Expo (Pavilhão de Angola, 2015), a Fundação Calouste Gulbenkian (2013) e os Encontros Fotograficos de Bamako (2017 e 2011). Em 2014 foi um dos três finalistas do prémio BES Photo e em 2015 foi seleccionado para a rapresentação oficial angolana na 56° Bienal de Veneza, em Itália.