Sou uma designer ecofeminista, que vive e trabalha em Bruxelas.

Muito do meu trabalho até hoje explorou nossa relação com a comida e como ela pode definir nossa ecologia social. Por um lado, a conexão é primordial, pois o alimento é o que nos sustenta como espécie. Por outro lado, estou mais interessado na comida como ferramenta/material artístico e como dispositivo de contar histórias.

Recentemente, tanto na Edible Library and the Recapitulation Space, trabalhei com materiais orgânicos e audiotecnológicos em nestes sentidos. Esses trabalhos buscavam incitar uma série de reações inesperadas em um espaço interativo. Primeiro, uma dúvida sobre o que está sendo mostrado, seguida por uma curiosidade e, depois, interação. A cada troca, esses espaços estão em constante fluxo, revelando mais detalhes e convidando o participante a se conectar e performar.

O ingrediente comum que tempera meu corpo de trabalho é o desejo de gerar melancolia, desapego e equilíbrio, eles mostram a beleza e a paisagem dolorosa originada pela vida humana, não humana e artificial.