The Skull of the Haunted Snail by Ricardo Setembro 16, 2020 0 Exposições, Novidades

Exposição: The Skull of the Haunted Snail
Artista: Andreia Santana
Curadoria: Bruno Leitão
Inauguração: 25 de setembro, sexta-feira, 15h às 20h
Patente até 21 de novembro, Terça-feira a sexta-feira, 15h às 19h

©️ Andreia Santana. 2020. The Skull of the Haunted Snail. Cortesia da artista e da galeria Filomena Soares.

A exposição ‘The Skull of the Haunted Snail’ de Andreia Santana (Lisboa, 1991), com curadoria de Bruno Leitão, integra o programa regular do espaço de exposições Hangar – Centro de Investigação Artística, em Lisboa, e é resultado da investigação artística de Andreia Santana sobre as “casas da alma” do Antigo Egipto enquanto prática e materialização de um objecto que é simultaneamente um ecossistema, e uma interface.
Através de uma instalação de esculturas em vidro concebidas especificamente para esta exposição, Santana pretende examinar a condição do artefacto enquanto abrigo, que permite o desenvolvimento de outros seres (sejam pragas, bactérias ou fungos), alterando assim a sua classificação museológica e descontextualizando-a da função de artefacto histórico para passar a albergar e prolongar outros tipos de existência e espécies no futuro.

Santana ao propor um contraponto com a ideia das armadilhas de vidro para moscas de Wittgenstein e a sympoética de Donna Haraway a artista sugere a crença de que artefactos, objetos, lugares, seres vivos e entidades – e, consequentemente, a própria história – podem ser vistos como material potencialmente animado e vivo que possui uma essência espiritual distinta (exatamente como os egípcios os viam), em prejuízo de um olhar estagnado sobre conhecimentos obsoletos e objetos conservados num vácuo interpretativo.

Em ‘The Skull of the Haunted Snail’ Andreia Santana propõe ao visitante pensar os artefactos como forças persistentemente contemporâneas que permitem o aparecimento de outras formas interseccionais de solidariedade e de contaminação do tempo e espaço, revelando novas substâncias, matéria, objectos e bactérias enquanto se propagam novas possibilidades de entendimento da história, da cultura e da coexistência interespécies.

Andreia Santana (1991, Lisboa) vive e trabalha em Lisboa. Concluiu a licenciatura em Artes Plásticas na ESAD – Escola de Artes e Design de Caldas da Rainha e foi participante do Programa de Estudos Independentes em Artes Visuais da Maumaus / Lumiar Cité em Lisboa. Desde 2013, tem participado em vários programas de residências artísticas, nomeadamente a Residency Unlimited, em Nova Iorque, com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, Panal 360 em Buenos Aires, Mieszkanie Gepperta Residency Gallery na Polónia e Gasworks – Triangle Network no Hangar, em Lisboa. Foi vencedora do Prémio Novo Banco Revelação, nomeada para o Ducato Prize (Itália) e foi recipiente de várias bolsas incluindo a Fulbright/Fundação Carmona e Costa, Criatório – CMP, Amadeo Souza Cardoso, e Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras.
Exibe regularmente o seu trabalho em Portugal e no estrangeiro, com destaque para as exposições: ‘Hollow Hands’ no Spazio Leonardo, Generali Milano; ‘The Outcast Manufacturers’ na Galeria Filomena Soares; 10000 anos entre Venus e Marte, Galeria Municipal do Porto; ‘Cultivated Memory’ na Peninsula Gallery. Nova Iorque; ‘História da Falta’ no Museu de Arte Contemporânea de Serralves; ‘Ponto de Fuga’ na Cordoaria Nacional; ‘Ghost of Chance’, La Nave, Madrid; ’10 Anos, 10 Artistas, 10 Comissões’, Chiado 8, Lisboa; ‘Now It Is Light’ Glaeria da Boavista, Lisboa; ‘The Lobster Loop’, na galeria MONITOR, em Lisboa.