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Rafaela Foz

Rafaela Foz has a degree in Visual Arts from FAAP and is a graduate student in Artistic Practices in the same institution. Her works have been part of group exhibitions in galleries such as Zipper and Lona, and institutions such as the Museu de Arte de Ribeirão Preto and the Museu de Arte Brasileira. She was awarded the 12th Salão dos Artistas sem Galeria’s prize in 2021 and the 28th Mostra da Juventude’s prize in 2017. Between 2017 and 2020 Rafaela directed Espaço Breu, an autonomous art space in which she organized and produced several cultural projects, such as “Projeto de Fachada” and “Conversas no Breu”.

Her artistic practice has three research objects as its structural axes: temporality, everyday experience and the construction of landscape. Not always intricated, she approaches these notions through different angles through media such as video, photography, installation and performance. Rafaela explores materials and situations through their power of transformation in time and through time, giving duration an important role in her poetics.

Instead of a pragmatic collection of materials and readings, she lets herself be carried away by an idea of research and artistic production marked by temporal and procedural experiences. She understands herself as a collector of images, sensations, descriptions and concepts that, for some reason, stand out among banal experiences and manifest themselves in her as poetic potentials. With a few simple operations, she seeks at the same time to produce a suspension of the common sense of things, which in the banality of “normal” life takes on an aura of necessity and pragmatism, and to engender extraordinary experiences with these things, always aspiring to an assertive synthesis between idea and form.

Inspired by the feeling of wonder that one experiences in front of nature, Rafaela seeks to create a silent and contemplative atmosphere in her work, very influenced by the idea of Japanese gardens, whose function is to express the fragility of existence and the unstoppable advance of time through the construction of simulacra of nature. Far from aiming at a passive spectator, separated from the art object or the aesthetic experience, the artist is interested in a certain physical and intellectual immersion in it.

Rafaela Foz é formada em Artes Visuais pela FAAP e pós-graduanda em Práticas artísticas pela mesma instituição. Seus trabalhos integraram exposições coletivas em galerias como a Zipper e Lona, e instituições como o Museu de Arte de Ribeirão Preto e o Museu de Arte Brasileira. Foi premiada pelo 12º Salão dos Artistas sem Galeria de 2021 e pela 28ª Mostra de Arte da Juventude em 2017. Dirigiu entre 2017 e 2020 o Espaço Breu, espaço autônomo de arte no qual organizou e produziu diversos projetos culturais, como “Projeto de Fachada” e “Conversas no Breu”.

Sua prática artística tem como eixos estruturais três objetos de pesquisa: a temporalidade, a experiência cotidiana e a construção da paisagem. Nem sempre intrincadas, aborda essas noções através de leituras, caminhos e ângulos diversos por meio de mídias como o vídeo, a fotografia, a instalação e a performance. Explora materiais e situações através de sua potência de transformação no tempo e pelo tempo, conferindo à duração um papel importante em sua poética.

Em lugar de uma coleta pragmática de materiais e leituras, deixa-se levar por uma ideia de pesquisa e de produção artística marcadas por vivências temporais e processuais. Entende-se como uma colecionadora de imagens, sensações, descrições e conceitos que, por alguma razão, se destacam dentre as experiências banais e nela se manifestam como arrebatamentos ou potências poéticas. Com poucas e simples operações, busca ao mesmo tempo produzir a suspensão do sentido comum das coisas, que na banalidade da vida “normal” reveste-se de uma aura de necessidade e pragmatismo, e engendrar com essas coisas experiências extra-ordinárias, aspirando sempre a uma síntese assertiva entre ideia e forma.

Instigada pela sensação de enlevo que se experimenta diante da natureza, Rafaela procura criar uma atmosfera silenciosa e contemplativa em seu trabalho, influenciada pela ideia de um jardim japonês, cuja função é expressar a fragilidade da existência e o avanço irrefreável do tempo através da construção de simulacros da natureza. Embora atraída por este “estado de alma tão particular” provocado pela contemplação do natural, a artista não deixa de ver nas tentativas de simulação deste uma certa comicidade, da qual se vale de forma sutil em alguns de seus trabalhos. Longe de almejar um expectador passivo, apartado do objeto de arte ou da experiência estética, interessa à artista uma certa imersão física e intelectual deste.