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Our (spatial) stories live in performative futures

Exhibition: Our (spatial) stories live in performative futures

Curated by: Cindy Sissokho & Fabián Villegas

Opening: February 25th, 2022 – 6pm to 9pm

Dates: Exhibition open until March 19th, from Wednesday to Saturday, between 3pm and 7pm

Place: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artists: Rafael De Oliveira, Désirée Desmarattes, Theo Gould, Henrique J. Paris, Lion
Maré Djaci, Odair Monteiro, Nuno Silas, Sofia Yala.

© Nuno Silas

Every regime of colonial representation is built on the erasure, the silencing, the devastation of cultural ecosystems, existential geographies, emotional cartographies. The image is preceded by sounds, the colonial gaze erases sounds, strips context and objects of representation. It strips the object off representation of its own conception of space and temporality.

Through photography, texts, sounds, performance and video, the eight artists create spaces of intimacy for the everyday, collectively create tools that uncover family narratives, diasporic itineraries and archive the self in processes of self-actualisation and claiming one’s existence outside of a colonial gaze and temporality.

The artist does so through self/-portraiture, connecting through family objects as systems of transmission and historical recovery of counter memories. They bring this narration within a ‘home’ – the family homes, the bedroom, the photographic studio as a safe space and even the body – capturing the vernacular of the diaspora, claiming Black presence in the city entrenched within colonial narratives/monuments and to projects ‘home’ as a space for emancipatory and utopic horizons of collective living.

Through exercises of insurgency and political imagination, the diaspora dialogue with the spaces of monumentality in the city by activating spaces of memory, creates self-cartographic journeys, counter-monumental archives of anti-colonial legacy.

How does the regime of images have a role in informing future planning, utopic vision and dynamic desires around living in cities for the diaspora? Through the depiction and understanding of the movement that occurs (labor stratification, migration, social mobility, cultural and economic zonification etc.) against the current narratives of rejection, transformation, gentrification, and so on.

The exhibition is a pedagogical journey that not only displays but seeks for exercise of radical and social imagination of diasporic narratives in the future. It makes us question what are the metaphors of ourselves in the future.

The artists’ works are an invitation to fictionalise narratives, and a possibility to seek through fiction a pedagogical tool to visualize performative futures. The exhibition indirectly refers to the historical concept of “Heterotopias” and the resonance with the category of “localized utopias”, in which we build worlds within worlds, a new sense of spatiality into the colonial regime of spatiality.

With the supported
UCREATE is a Creative Europe project taking place in Belgium, Hungary, Portugal and Italy led by 4 artistic organizations (International Yehudi Menuhin Foundation (BE); HANGAR (PT); Mus-e Hungary (HUN); BIG SUR (IT)) aiming to use the arts and artistic co-creation as a means for creating social bonds between individuals.

Fabian Villegas
Writer, journalist, spoken word artist, scholar and researcher in South epistemologies, decolonial thoughts and racial studies. Since 2007 to date, Fabian Villegas has been invited to give multiple conferences, seminars, lectures and workshops in various universities and academic centers, renowned art biennials and community cultural centers across the globe (México, Dominican Republic, France, Spain, Puerto Rico, Brasil, Uruguay, Argentina, Guatemala, Dubai, Morocco, Costa Rica, U.S, Venezuela, Belice. He is also the co-founder of Contranarrativas, a collaborative project that seeks to create horizontal knowledge production spaces to stimulate the visibility, dissemination, and production of decolonial epistemologies, narratives and peripheral aesthetics of the Global South. Born in Mexico City, Villegas currently resides in the Dominican Republic.

Cindy Sissokho
Cindy Sissokho (France) is a curator, cultural producer and writer with a specific interest in intellectual, political and artistic aspects of decoloniality within the arts, and culture. Her curatorial practice is nurtured by the urgency to broaden and disseminate epistemologies and cultural production from racialized and systemically marginalized perspectives.

Recent exhibition projects include this is a love poem, (2021) curated at EXILE Gallery, Vienna for the international contemporary arts festival Curatedby (Austria) and Breaking Translation(s) (2021) an online exhibition for HANGAR, Lisbon (Portugal). Upcoming exhibition projects will be the curation of Black Tales, a multimedia sound installation by artists Mónica De Miranda and Xullaji for Refuge, the 4th edition of the Lagos Biennale 2023 (Nigeria).

Her practice is also informed through multiple formats of engagement such as talks and pedagogical workshops. Most recent activities were How to Articulate (A) Collective Gaze(s)? in collaboration with Fabián Villegas in 2020 for both Les Rencontres d’Arles (France) and HANGAR, Lisbon (Portugal).

She articulates and brings curatorial and theoretical reflections through writings including art reviews and interviews for Ocula, Terremoto, The Sole Adventurer, The Kitchen, NYC and Nka: The Contemporary African Art Journal, and publication commissions.

She also has a great interest in artist development and artistic consultancy that translate into frequent mentoring roles and portfolio reviews. The most recent being with the PhMuseum, Bologna (Italy) and the annual FORMAT Photography Festival, Derby (UK).

She currently works as a Curator and Special Projects Producer at the New Art Exchange in Nottingham (UK).

Exposição: Our (spatial) stories live in performative futures

Curadoria: Cindy Sissokho & Fabián Villegas

Inauguração: 25 de Fevereiro de 2022, das 18h às 21h

Datas: Exposição patente até 19 de Março 2022, Quarta a Sábado, das 15h às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artistas: Rafael De Oliveira, Désirée Desmarattes, Theo Gould, Henrique J. Paris, Lion
Maré Djaci, Odair Monteiro, Nuno Silas, Sofia Yala.

© Nuno Silas

Cada regime de representação colonial é construído sobre o apagamento, o silenciamento, a devastação dos ecossistemas culturais, as geografias existenciais, as cartografias emocionais. A imagem é precedida por sons, o olhar colonial apaga os sons, remove o contexto e os objectos de representação. Tira o objecto fora da representação da sua própria concepção de espaço e temporalidade.

Através da fotografia, textos, sons, performance e vídeo, os oito artistas criam espaços de intimidade para o quotidiano, criam coletivamente ferramentas que revelam narrativas familiares, itinerários diaspóricos e arquivam o eu em processos de auto-realização e reivindicação a sua existência fora de um olhar colonial e a temporalidade.

O artista fá-lo através do auto-retrato, ligando-se através de objectos familiares como sistemas de transmissão e recuperação histórica das memórias. Esta narração é trazida dentro de uma ‘casa’ – as casas de família, o quarto, o estúdio fotográfico como um espaço seguro e até mesmo o corpo – capturando o vernáculo da diáspora, reivindicando a presença negra na cidade entrincheirada dentro de narrativas/monumentos coloniais e aos projectos ‘casa’ como espaço para horizontes emancipatórios e utópicos de vida colectiva.

Através de exercícios de insurreição e imaginação política, o diálogo da diáspora com os espaços de monumentalidade na cidade, activando espaços de memória, cria viagens auto-cartográficas, arquivos monumentais de legado anticolonial.

Como é que o regime de imagens tem um papel na informação do planeamento futuro, visão utópica e dinâmica desejos em torno de viver em cidades para a diáspora?

Através da representação e compreensão dos movimento que ocorrem (estratificação laboral, migração, mobilidade social, cultural e económica zonificação, etc.) contra as narrativas actuais de rejeição, transformação, gentrificação, etc.

A exposição é uma viagem pedagógica que não só exibe mas procura o exercício de uma imaginação de narrativas diásporas no futuro. Faz-nos questionar quais são as metáforas de nós próprios no futuro.

As obras dos artistas são um convite à ficcionalização das narrativas, e uma possibilidade de procurar através da ficção uma ferramenta pedagógica para visualizar os futuros performativos. A exposição refere-se indiretamente ao conceito histórico de “Heterotopias” e a ressonância com a categoria de “utopias localizadas”, em que construímos mundos dentro de mundos, um novo sentido de espacialidade no regime colonial de espacialidade.

Permitem-nos também pensar, visualizar e experimentar o que significa criar e recuperar histórias espaciais através da lente das suas experiências pessoais que se infiltram através da narração visual de histórias. Elas reconsideram um sentido de espaço e lugar através da fugitividade, exílio e deslocamento e negociar um sentido de pertença contra a violência espacial.

Este projecto é apoiado por UCREATE um projecto de Creative Europe a decorrer na Bélgica, Hungria, Portugal e Itália liderado por 4 organizações artísticas (Fundação Internacional Yehudi Menuhin (BE); HANGAR (PT); Mus-e Hungary (HUN); BIG SUR (IT)) com o objectivo de utilizar as artes e a co-criação artística como um meio para criar laços sociais entre indivíduos.

Fabian Villegas
Escritor, jornalista, artista de palavra falada e pesquisador em epistemologias do Sul, pensamentos decoloniais e estudos raciais. Desde 2007 até hoje, Fabian Villegas tem sido convidado a dar múltiplas conferências, seminários, palestras e workshops em várias universidades e centros acadêmicos, bienais de arte de renome e centros culturais comunitários em todo o mundo (México, República Dominicana, França, Espanha, Porto Rico, Brasil, Uruguai, Argentina, Guatemala, Dubai, Marrocos, Costa Rica, Estados Unidos, Venezuela, Belice, cofundador do Contranarrativas, projeto colaborativo que busca criar espaços horizontais de produção de conhecimento para estimular a visibilidade, disseminação e produção de epistemologias decoloniais, narrativas e estéticas periféricas do Sul Global. Nascido na Cidade do México, Villegas reside atualmente na República Dominicana.

Cindy Sissokho
Cindy Sissokho (n. Montreuil/França) é produtora cultural, curadora e escritora com interesse específico em aspectos intelectuais, políticos e artísticos da decolonialidade nas artes e na cultura. Seu trabalho é alimentado pela urgência de ampliar e difundir epistemologias e novas produções culturais do Sul Global.

Seu trabalho curatorial é uma prática de desobediência contrária aos discursos hegemônicos e políticas institucionais neoliberais ao implementar a desordem. Ela o faz trabalhando por meio de práticas colaborativas, escrita acessível e ferramentas e trocas pedagógicas cotidianas, entre outros.

Atualmente trabalha como Curadora e Produtora de Projetos Especiais no New Art Exchange em Nottingham (Reino Unido).