Lançamento do Livro | Atlantica: Contemporary art from Cabo Verde, Guinea Bissau, São Tomé e Príncipe and their Diasporas by Icaro Dezembro 01, 2021 0 Novidades

Data: 10 de Dezembro, 2021

Horário: 18h – 21h

Programação:

18h00
César Schofield Cardoso
The space we share Editor’s note

18h30
Ana Balona de Oliveira
Contemporary Art and the interwoven histories of Cabo Verde, Guinea Bissau and São Tomé and Príncipe

19h00
Inocência Mata
Between Sankofa and Janus… the labor of “transterritorialised” artists

19h30
Joacine Katar Moreira
TO DECOLONISE IS TO D.E.P.R.O.G.R.A.M.M.E. Systemic racism, body, gender and diaspora in the arts

20h00
Artists talk
Vanessa Fernandes, Irineu Destourelles, Nú Barreto, Melissa Rodrigues, René Tavares

ATLANTICA: Contemporary Art from Cabo Verde, Guinea Bissau, São Tomé and Príncipe and their Diasporas

O terceiro livro da editora Hangar Books, especializada em publicações no contexto das artes contemporâneas foca-se nas espistemologias do sul.
Na sequência das duas obras anteriores dedicadas, respectivamente, a Angola e a Moçambique, este novo livro da série “Atlantica” centra-se na arte de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe, bem como nas suas diásporas. É editado pelo artista César Schofield Cardoso, em conjunto com Mónica de Miranda, que assina também a coordenação.

Entre os artistas selecionados, encontramos Olavo Amado, Nú Barreto, Welket Bungué, César Schofield, Irineu Destourelles, Vanessa Fernandes, Ângelo Lopes, Sandim Mendes, Melissa Rodrigues, Herberto Smith, Abdel Queta Tavares e René Tavares. E nos ensaios teóricos: Azu Nwagbogu, Mónica de Miranda, César Schofield Cardoso, Ana Balona de Oliveira, Ana Cristina Pereira, Inês Beleza Barreiros, Raquel Schefer, Ana Nolasco, Álvaro Luís Lima, Michelle Salles, Paula Nascimento, Mariana Aboim, Raquel Lima, Valdívia Delgado Tolentino, Cristiana Tejo, Luísa Santos, Inocência Mata e Joacine Katar Moreira.

Este quadro curatorial destaca artistas contemporâneos dentro e das regiões que atuam desde a viragem do milénio até ao presente. São artistas envolvidos em pesquisas e práticas de arte experimental e conceptual que investigam narrativas coloniais e pós-coloniais. As obras dos artistas representados neste livro são diversas em meio e abordagem, bem como no que respeita a questões sociais de endereço, como identidade e política corporal, lugar, memória e história. O novo milénio assistiu a uma produção cultural sem precedentes, caracterizada por um misto de radicalidade e marginalidade, nostalgia e utopia. Estes artistas estão principalmente comprometidos em desafiar noções fixas de lugar e afirmar conexões entre a produção artística e as formações políticas, sociais, ideológicas e pessoais.

“Atlantica” é o título e o princípio organizador desta série e o seu significado semântico remonta à mitologia clássica. Está carregado de potencial interpretativo sobre questões de localização, geografia, exílio, migração, separação, êxodo, diáspora e deslocamento, e representa o movimento de deixar a terra natal, uma experiência comum para muitos dos artistas representados nos outros livros da série. Atlantica aponta também para a história bem estudada da travessia do Atlântico Sul e do Norte e remete para o conceito de The Black Atlantic (1993), de Paul Gilroy. Gilroy usa as imagens do Atlântico para demonstrar a posição de identidades entre duas (ou mais) terras, culturas, que não podem ser definidas por fronteiras. Atlantica situa-se neste lugar de dupla consciência no trabalho de W.E.B. Du Bois, em The Souls of Black Folk (Du Bois 1903, 8).

Na celebração do lançamento deste livro, no dia 10 de Dezembro, às 18h, no Hangar, teremos uma conversa moderada por Ana Balona de Oliveira, o que se estenderá por outros eventos como video-screenings, residências, rádio, conversas com teóricos, artistas e investigadores. Organização de Mónica de Miranda.