Cubismo Ideológico
Carlos Amorales
by Ricardo Março 07, 2017 0 Exposições, Novidades

EXPOSIÇÃO/SCREENING

Abertura: 10 de Fevereiro, sexta-feira, 19h
Exposição | Screening de 11 de Fevereiro a 18 de Março de 2017
Quarta a Sábado, 15h às 19h

Curadoria: Bruno Leitão

HORÁRIOS DAS EXIBIÇÕES

Duas sessões diárias, com 5 minutos de intervalo entre os filmes. De Quarta a Sábado.

15h00 – Amsterdam, 2013 – 20min.
15h25 – El Hombre Que Hizo Todas Las Cosas Prohibidas, 2014 – 40min.
16h10 – El No Me Mires, 2015 – 50min.

17h00 – Amsterdam, 2013 – 20min.
17h25 – El Hombre Que Hizo Todas Las Cosas Prohibidas, 2014 – 40min.
18h10 – El No Me Mires, 2015 – 50min.

O Hangar apresenta três filmes de Carlos Amorales, inéditos em Portugal. A triologia, iniciou-se em 2013 com Amsterdam, seguido de El Hombre Que Hizo Todas Las Cosas Prohibidas, de 2014 e culminou em 2015 com El No Me Mires.

O ciclo Cubismo Ideológio – Carlos Amorales, uma trilogia insere-se dentro de uma das linhas programáticas do Hangar – Arte e Política, cujo o foco situa-se nas possibilidades da arte como actividade crítica.

Ao longo desta trilogia, Carlos Amorales partiu dos códigos do cinema mudo e como este evoluiu até chegar à cor, reflectindo sobre a importância política da palavra, dos signos linguísticos e sobre o alcance político da arte. Ao cruzar referências tão díspares como o romance “Estrella Distante” de Roberto Bolaño aos cenários e figurinos de Kazemir Malevich, Amorales revisita ainda eventos políticos e artísticos ocorridos no Chile, local onde gravou o segundo filme da trilogia. Passando também pela imersão no mito do povo Inuit – em que o protagonista se torna invisível aos olhos dos mercadores europeus, Amorales indaga sobre os paradigmas da arte política, ao mesmo tempo que se permite utilizar uma linguagem simbólica própria que suporta os seus filmes e serve de guião para os actores, abrindo assim possibilidades poéticas de narração.

Cubismo Ideológico é também nome do manifesto criado por Carlos Amorales, Elsa-Louise Manceaux e Philipe Eustachon, o qual promete a possibilidade de pensar múltiplas perspectivas políticas simultaneamente, e ao mesmo tempo reafirma a necessidade de repensar a anarquia enquanto às suas possibilidades de criação de sentido dentro e fora da arte.

O programa conta com o apoio financeiro da Direção Geral das Artes/Governo de Portugal e está inserido no Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017

©Carlos Amorales, El No me Mires, 2015, vídeo HD, cor, som, 49 min.

Biografia

Carlos Amorales nasceu na Cidade do México em 1970. Entre 1992 e 1995 frequentou a Academia Gerrit Rietveld em Amsterdão, onde continuou seus estudos na Rijksakademie van Beeldende Kunsten (1996/97). Completou residências com o Atelier Calder, Saché, França (2012); Mac / Val, Val-de-Marne, França (2011); e a Smithsonian Artists Research Fellowship, Washington, DC (2010). Desde 2008 Amorales leciona na Rijksakademie van Beeldende Kunsten em Amsterdão e é membro do Sistema Nacional Mexicano de Criadores de Arte.

A prática de Amorales engloba animação, desenho, instalação, vídeo e performance. Também colabora com animadores profissionais, compositores, designers, músicos e até com praticantes da luta livre. Tendo crescido sob a influência das culturas mexicana e europeia, Amorales frequentemente explora as semelhanças e disparidades dos dois milieus pela justaposição de seus vocabulários distintivos. Seu trabalho é também profundamente pessoal – reflete sua introversão emocional e por vezes obscura, e navega por um mundo da fantasia, onde não se distingue a linha entre o real e o imaginado.

Das suas exposições individuais destacam-se: Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires, Argentina (2006); Museu de Arte de Filadélfia (2008); Kunsthalle Fredericianum, Kassel, Alemanha (2009); Palazzo delle Esposizioni, Roma (2010); Centro Fotográfico Manuel Álvarez Bravo, Oaxaca (2011); e Museo Tamayo, Cidade do México (2013). Seu trabalho também foi apresentado na Bienal de Veneza (2003); Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2005); Performa, Nova Iorque (2007); Bienal de Havana (2009); e Bienal de Sharjah, Emirados Árabes Unidos (2013).

A obra de Carlos Amorales está presente em coleções tão relevantes como, Tate Modern (Londres), Museum of Modern Art (Nova Iorque) New York, Daros-Latinoamerica (Zurique), Walker Art Center (Minneapolis), Museum Boijmaans van Beunigen (Roterdão) e Fundación/Colección Jumex (México).

Amorales vive e trabalha na Cidade do México.