CARTA ABERTA – Residência Artística by Icaro Março 11, 2022 0 Novidades

CARTA ABERTA

Residência Artística

MARÇO 2022

©️ Rui Magalhães, Pelo Poder, 2021, video still.

Direção Artística:
Kiluanji Kia Henda

Artistas em Residência:
› Mwana Pwo [ANG]
› Hélio Buite [ANG]
› Rui Magalhães [ANG]

Programa concebido pelo artista Kiluanji Kia Henda e HANGAR – Centro de Investigação Artística, que lhe concede carta branca para esta tomada do espaço. Participam na residência os artistas emergentes angolanos Hélio Buite, Rui Magalhães e Mwana Pwo.
O programa extende-se a práticas artísticas que comunicam a partir de processos criativos que estarão abertos ao público e que se iniciam a partir de um programa de residência precedido por uma exposição e performances.

Em breve mais informações sobre o programa completo.

Projeto inserido no programa DGARTES

ARTISTAS

Rui Magalhães (Angola, 1985) vive e trabalha em Luanda. Fotógrafo, artista visual e de vídeo, explora a vida nas ruas de Luanda, observando a população da cidade e os seus sistemas e cenários de adaptação à vida urbana. Estudando o uso e ocupação de espaços, a sua prática é uma mistura de arquivo crítico da história arquitectónica recente de Luanda e de arqueologia urbana, documentando as relações inoperacionais da cidade e os fenómenos do urbanismo africano. Expôs no Vidrul Fotografia (2016) e participou no Fuckin’ Globo 2020 e 2021.

Hélio Buite (Angola, 1992) vive e trabalha em Luanda. Formado em engenharia civil, cresce em Luanda navegando e alternando constantemente entre dois contextos diferentes: a Luanda informal e a Luanda formal. A sua prática artística mergulha em diferentes disciplinas como a fotografia, o vídeo, a instalação, o áudio e a documentação para analisar as formas como as famílias são centrais às sociedades africanas, enquanto tecidas entre a vontade de descolonização e a realidade patente da sua relação de colonialidade com o Ocidente – processando também as influências e efeitos dos movimentos de independência, neocolonialismo, guerras civis e as complexidades dos sistemas políticos.

Mwana Pwo (Angola, 1988) vive e trabalha em Luanda. Fotógrafa e artista visual, Pwo retrata a vida contemporânea com intensidade e um olhar contrastante, registrando activamente as múltiplas dimensões do ser individual enquanto captura a profundidade das realidades sociais de Angola dos dias modernos. O seu trabalho também apresenta um exame feminista de papéis sociais, experiências e estórias pessoais, que às vezes explora por meio do autorretrato. As suas visões são expressas principalmente por meio da fotografia documental e retratos. Atualmente, expande a sua prática experimentando técnicas e meios mistos. A sua última intervenção foi no Fuckin’ Globo 2021.

CURADORES

Kiluanji Kia Henda (Angola, 1979) vive e trabalha em Luanda. Na sua prática, usa a arte como método de transmissão e construção da história, explorando a fotografia, o vídeo, a performance, a instalação, o objecto-escultura, a música e o teatro de vanguarda como formas de materializar narrativas fictícias e deslocar os factos para diferentes temporalidades e contendas. Usando humor e ironia, o artista representa a complexidade de temas como identidade, política e percepções da pós-independência e da modernidade em África. Trabalhando em pervertida cumplicidade com o legado histórico, vê o processo de apropriação e manipulação dos espaços e estruturas públicas como diferentes construções da memória colectiva.