A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture – Ângela Ferreira by Icaro Maio 31, 2021 0 Exposições

Exposição: A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture

Curadoria: Bruno Leitão

Inauguração: 2 de Junho, 16h às 21h

Datas: Exposição patente até 24 de Julho, de Quarta a Sábado, entre às 15h e às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

© Ângela Ferreira, studio coruchéus, Lisboa, Outubro, 2020

O HANGAR abre a 2 de Junho, Uma Viagem Espontânea por Alguns Monumentos da Arquitectura Africana, exposição individual de Ângela Ferreira, com a curadoria de Bruno Leitão.

Neste novo projecto, Uma Viagem Espontânea por Alguns Monumentos da Arquitectura Africana, Ângela Ferreira (Maputo, 1958), questiona, através das suas esculturas, a possibilidade de conceber uma arquitectura Pan-Africana com uma linguagem híbrida, impregnada por uma arquitectura tradicionalmente Africana como por um modernismo colonial.

Inspirada pela casa de Miriam Makeba em Dalaba (Guiné Conacri), caracterizada por uma estrutura tradicionalmente Africana e enriquecida com detalhes modernistas, a artista segue uma aproximação instintiva e cumulativa, criando esculturas que servem de base para uma comunicação intercultural através da arquitectura na África geo-local.

Utilizando materiais como o cimento e o vime e fazendo referência a torres e rondavels, Ferreira invade a dialética entre a chamada arquitectura moderna racional e construções mais espontâneas resultantes do trabalho colectivo que rapidamente prolifera na vizinhança de cidades como Maputo.

O resultado deste imaginário investigativo é um espaço tridimensional para habitar, para pensar sobre a possibilidade de uma paisagem arquitectónica Africana menos fragmentada e mais inclusiva.

Ângela Ferreira. Nascida em Maputo em 1958, cresceu na África do Sul e actualmente vive e trabalha em Lisboa, é professora de Fine Art na Universidade de Lisboa, onde concluiu o seu Doutoramento em 2016. A sua prática artística é conduzida por uma profunda investigação no contínuo impacto do colonialismo e pós-colonialismo na sociedade contemporânea, a arquitectura serve-lhe como ponto de partida para a observação do desaparecimento da memória colonial e da recusa de reparação. O seu trabalho de escultura, som e homenagens videográficas têm sempre referências económicas, políticas e culturalmente históricas do continente Africano.

Trabalhos selecionados: Talk Tower for Forough Farrokhzad, 2020; 1 Million Roses for Angela Davis, 2020; Power Structures, 2020; Dalaba: Sol d’Exil, 2019; Pan African Unity Mural, 2018; Remining, 2017; Talk Tower for Diego Rivera, 2017; Boca (2016); Wattle and Daub (2016); Hollows Tunnels, Cavities entre outros… (2016); A Tendency to Forget (2015); Messy Colonialism: Wild Decolonization, 2015; Revolutionary Traces, 2014; SAAL Brigades, 2014; Independance Cha Cha, 2014; Entrer dans la mine, 2013; Mount Mabu, 2013; Stone Free, 2012; Political Cameras (da série Mozambique), 2012; Collapsing Structures/Talking Buildings, 2012; Cape Sonnets, 2010-2012; For Mozambique, 2008; Maison Tropicale, 2007.