Título | Recursos Naturais
Datas | 14 de Abril a 17 de Junho 2023
Artista | Miguel Palma
Curador | Pedro Gadanho
Esta nova exposição de Miguel Palma combina peças raramente vistas com uma instalação inédita, traçando uma leitura de um tema recorrente na obra do artista: as interacções da tecnoesfera humana com o meio natural, entre colonialismo e extractivismo, entre delírio e utopia.
Miguel Palma nasceu em 1964. Vive e trabalha em Santarém. Miguel Palma é um artista que se apropria das narrativas de uma modernidade em permanente questionamento para melhor refletir sobre o presente. O fascínio de Miguel Palma por ícones da modernidade clássica é evidente: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitetura, a natureza (mais ou menos domesticada) e a tecnologia em geral. A curiosidade e o modo como articula diferentes horizontes do saber sublinham a capacidade de nos reinventarmos, dissimulando a inexorável lei maior, que é a da vitória do tempo sobre a finitude humana. Enquanto dispositivos potenciadores de um olhar crítico sobre o nosso passado recente e o nosso passado recente e o nosso presente, os enunciados de Miguel Palma confrontam-nos com as tensões vividas no frágil equilíbrio da nossa existência. Tal como liminarmente nos diz o Artista «Se o mundo fosse confortável, eu não fazia arte.» Com uma atividade continuada por mais de três décadas, as suas obras transitam entre os mais diversos meios, como a escultura, o vídeo, a instalação, o desenho e a performance Está representado em inúmeras coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais tais como: Centre Pompidou (Paris, França); Coleção Berardo (Lisboa, Portugal); Culturgest (Lisboa, Portugal); MAAT (Lisboa, Portugal); FRAC Orléans (Orléans, França); FRAC-Artothèque Nouvelle Aquitaine (Limoges,França); Fundação de Serralves (Porto, Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, Portugal); MNAC (Lisboa, Portugal); Fundação ARCO (Madrid, Espanha); ASU Art Museum – Arizona State University Art Museum (Tempe, Arizona). Participou em diversas bienais, incluindo a – Prospect 1. (Nova Orleães, Louisiana) e 7th Liverpool Biennial (Liverpool, Reino Unido)
Pedro Gadanho é arquitecto, curador e autor. Loeb Fellow 2020 da Universidade de Harvard, detém um mestrado em arte e arquitetura e é doutorado em arquitetura e mass-media pela FAUP. De 2012 a 2016, foi o curador de arquitetura contemporânea no Museu de Arte Moderna, Nova Iorque. Entre 2015 e 2019, foi o director fundador do MAAT, Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, em Lisboa, onde iniciou mais de cinquenta projectos, incluindo exposições e publicações como Utopia/Distopia, Tensão & Conflito e Eco- Visionários. Após a direcção executiva da candidatura de 17 municípios do interior português a Capital Europeia da Cultura 2027, é Professor Convidado na Universidade da Beira Interior. Gadanho editou o bookazine Beyond, o blog Shrapnel Contemporary e contribui regularmente para publicações a nível internacional. É o autor de Climax Change! How Architecture Must Transform in the Age of Ecological Emergency (ACTAR, 2022) e de Arquitetura em Público, recipiente do Prémio FAD de Pensamento e Crítica em 2012.