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OP-FILM: AN ARCHAEOLOGY OF OPTICS

Exhibition: Op-Film: An Archaeology of Optics

Artists: Filipa César e Louis Henderson

Opening: 23 January | 6 pm

Exhibition until 20 April | Wednesday to Saturday, 15:00 – 19:00 (or by appointment to geral@hangar.com.pt)

Free Admission

Photo: Romain Goetz

Op-Film: An Archaeology of Optics is a collaborative exhibition by the artists and filmmakers Filipa César and Louis Henderson.

The exhibition comprises a film and installation based on ongoing research that explores how optical technologies of military and colonial design – from lighthouse Fresnel lenses to global satellite navigation systems – both inform and are informed by Western models of knowledge. Taking a critical approach to the ideologies behind the development of these instruments of guidance and surveillance, the artists consider how imperial gestures of discovery, revelation and possession are embedded in associations between seeing and understanding, light projection and enlightenment.

The film Sunstone (2017) tracks Fresnel lenses from their site of production to their exhibition in a museum of lighthouses and navigational devices. It also examines the diverse social contexts in which optics are implicated, contrasting the system of triangular trade that followed the first European arrivals in the ‘New World’ with the political potential seen in Op art in post-revolutionary Cuba. Incorporating 16mm celluloid images, digital desktop captures and 3D CGI, the film also maps a technological trajectory: from historical methods of optical navigation to new algorithms of locating, from singular projection to multi-perspectival satellitic visions. Registering these technical advances progressively through their film’s materials and means of production, the artists develop what they describe as “a cinema of affect, a cinema of experience – an Op-Film.”

Alongside this work, the installation Refracted Spaces (2017) collages together key documentary materials that underpin their research to date, including archi val images, oceanic charts, lighthouse blueprints, lights and fragments of Fresnel lenses. After Contour Biennial in March 2017, the installation travelled to Gasworks (London) in Spring and then onto Temporary Gallery (Cologne) in the Fall of 2017. The exhibition is thought of as a platform for ongoing research by both artists, and creates in each context public events, screenings and conversations that extend the exhibition.

BIOS

Filipa César is an artist and filmmaker interested in the fictional aspects of the documentary, the porous borders between cinema and its reception, and the politics and poetics inherent to moving image. Her work takes media as a means to expand or expose counter narratives of resistance to historicism. Since 2011, César has been looking into the origins of cinema in Guinea-Bissau as part of the African Liberation Movement. Selected exhibitions and screenings have taken place at: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; and Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.

Louis Henderson is an artist and filmmaker whose works investigate connections between colonialism, technology, capitalism and history. His research seeks to formulate an archaeological method within film practice reflecting on animistic materialism. Henderson has shown his work at places such as: Rotterdam International Film Festival, Doc Lisboa, CPH:DOX, New York Film Festival, The Contour Biennial, The Kiev Biennial, The Centre Pompidou, SAVVY Contemporary, The Gene Siskell Film Centre and Tate Britain. In 2015 he was the recipient of the Barbara Aronofsky Latham Award for Emerging Video Artist at the 53rd Ann Arbor Film Festival, USA, and a European Short Film Award—New Horizons International Film Festival, Wroclaw, Poland. His work is distributed by LUX (UK) and Video Data Bank (USA).

Exposição: Op-Film: Uma Arqueologia da Ótica

Artistas: Filipa César e Louis Henderson

Inauguração: 23 de Janeiro | 18:00

Exposição até: até 20 de Abril | Quarta-feira a Sábado, 15:00 – 19:00 (ou por marcação através do geral@hangar.com.pt)

Entrada Livre

Imagem: Romain Goetz

Op-Film: An Archaeology of Optics é uma exposição colaborativa dos artistas e cineastas Filipa César e Louis Henderson.

A exposição é composta por um filme e uma instalação baseados num processo de investigação em curso que explora de que forma as tecnologias óticas de design militar e colonial – das lentes de Fresnel aos sistemas globais de navegação por satélite – informam e são informadas pelos modelos de conhecimento ocidentais. Através de uma abordagem crítica às ideologias por trás do desenvolvimento destes instrumentos de orientação e vigilância, os artistas consideram que os gestos imperiais de descoberta, revelação e posse estão embutidos em associações entre o ver e entender, a projeção de luz e iluminação.

O filme Sunstone (2017) acompanha as lentes de Fresnel desde o local de produção até à sua exposição num museu de faróis e dispositivos de navegação. Simultaneamente, examina os diversos contextos sociais nos quais a ótica está implicada, contrastando o sistema de comércio triangular que se seguiu às primeiras chegadas europeias ao ‘Novo Mundo’ com o potencial político visto na Op art na Cuba pós-revolucionária. Incorporando imagens de celuloide de 16mm, capturas digitais de ambientes de trabalho e CGI 3D, o filme mapeia igualmente uma trajetória tecnológica: dos métodos históricos de navegação ótica aos novos algoritmos de localização, da projeção singular às visões satélites de múltiplas perspetivas. Registando estes avanços técnicos progressivamente através dos materiais e meios de produção dos seus filmes, os artistas desenvolvem o que eles descrevem como “um cinema de afeto, um cinema de experiência – um Op-Film”.

Juntamente com este trabalho, a instalação Refracted Spaces (2017) reúne materiais documentais importantes que sustentam suas pesquisas até o momento, incluindo imagens arquivísticas, mapas oceânicos, plantas de faróis, luzes e fragmentos de lentes de Fresnel. Após a Bienal de Contour em Março de 2017, a instalação viajou para a Gasworks (Londres), para a Temporary Gallery (Colónia) e Khiasma (Paris). A exposição é pensada como uma plataforma de investigação contínua pelos dois artistas e cria, em cada contexto, eventos públicos, projeções e conversas que estendem a exposição.

BIOS

Filipa César é uma artista e cineasta interessada nos aspetos ficcionais do documentário, nas fronteiras porosas entre o cinema e sua receção, e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho toma os media para expandir ou expor contra narrativas de resistência ao historicismo. Desde 2011, César tem estudado as origens do cinema na Guiné-Bissau como parte do Movimento de Libertação Africano. Uma seleção de exposições e projeções foram realizadas em: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.

Louis Henderson é um artista e cineasta cujas obras investigam conexões entre colonialismo, tecnologia, capitalismo e história. A sua pesquisa procura formular um método arqueológico dentro da prática cinematográfica, refletindo sobre o materialismo animista. Henderson mostrou o seu trabalho em espaços tais como: Rotterdam International Film Festival, Doc Lisboa, CPH:DOX, New York Film Festival, The Contour Biennial, The Kiev Biennial, The Centre Pompidou, SAVVY Contemporary, The Gene Siskell Film Centre e Tate Britain. Em 2015, recebeu o Prémio Barbara Aronofsky Latham como Artista Vídeo Emergente no 53º Ann Arbor Film Festival, EUA, e o Prémio European Short Film – Festival Internacional de Cinema New Horizons, Wroclaw, Polónia. O seu trabalho é distribuído pela LUX (UK) e pelo Video Data Bank (EUA).