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Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations 2022 – IV – María Rojas Arias

Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations 2022 – IV — María Rojas Arias

Screening of the film “Abrir Monte” (Colombia-Portugal, 2021, 25’, 16 mm. Transfer 4K)
followed by a conversation between María Rojas Arias and Raquel Schefer

A programme by Raquel Schefer

Initiated in 2020, the programme “Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations,” a proposal by Raquel Schefer, seeks to examine the issues traversing Latin-American contemporary artistic and cinematic production. Through experimental film forms, the works present sensory situations in which the observer is tacitly exposed to the gaze of the observed, “seeing being seen” processes and co-presence experiences close to a model of co-representation exceeding the subject/object seemingly stable opposition. The activation, agency and circulation of perspectives (human and non-human, machinic, animal, vegetable, mineral) are central to these films. They overcome the colonial representations of landscape, nature and the human figure in a framework of reciprocity and de-anthropocentralization, a fundamental issue in a period of imminent ecological catastrophe and threat to the Amerindian peoples.

Synopsis

On July 19, 1929, in a town in Colombia, a group of shoemakers fought to improve living and working conditions in the country. They called themselves “The Bolsheviks of Líbano Tolima.” Their revolution lasted only one day, and its traces were almost completely lost. The women of this village share with Aura, an anarchist grandmother, a feeling that their rebellion is still going on.

Bios

Maria Rojas Arias (Colombia) is a visual artist and filmmaker, graduated from KASK, School of Arts Gent, Belgium. Her audiovisual work and installations are developed using moving images. She works with official and unofficial archival materials seeking to articulate in an expanded way how to present realities related to specific events of the past. These may be national speeches, war policies, the foundation, and colonization of spaces, among others. Her previous short films include FU (2018) and LA CASA LOCA (2016). In 2019, she received a Next Generation grant from the Prince Claus Fund for Culture and Development.

Raquel Schefer is a researcher, filmmaker, film curator, and lecturer at Sorbonne Nouvelle – Paris 3 University and Elías Querejeta Zine Eskola. She holds a PhD in Film Studies from Sorbonne Nouvelle – Paris 3 University, a Master in Documentary Cinema from the University of Cinema of Buenos Aires, and a degree in Communication Sciences from NOVA University of Lisbon. She published the book Self-Portrait in Documentary in Argentina, book chapters and articles. She has taught at Grenoble Alpes University, Paris Est University, Rennes 2 University, the University of Cinema of Buenos Aires, and the University of Communication in Mexico City. She was a Visiting Scholar at the University of California, Los Angeles. She is currently a postdoctoral FCT fellow at the CEC/University of Lisbon, where she coordinates the cluster “Visual Culture, Migration, Globalization and Decolonization”, the IHC/University of Lisbon, where she is responsible for the Workshop of History and Image, and the University of the Western Cape. She is a co-editor of the film journal La Furia Umana and a programme advisor at the International Documentary Film Festival Amsterdam (IDFA).

Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations 2022 – IV — María Rojas Arias

Projecção do filme “Abrir Monte” (Colômbia-Portugal, 2021, 25’, 16 mm. Transfer
4K) seguida de uma conversa entre María Rojas Arias e Raquel Schefer

Uma programação de Raquel Schefer

Iniciado em 2020, o programa “Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations”, uma proposta de Raquel Schefer, procura indagar as questões que atravessam a produção cinematográfica e artística latino-americana contemporânea. Através de formas cinematográficas experimentais, os filmes do programa figuram situações sensoriais de exposição do observador ao olhar do outro, um “ver sendo visto”, experiências de co- presença próximas de um modelo de co-representação que excede o binarismo sujeito/objecto. Os processos de activação, agenciamento e circulação de pontos de vista (humanos e não-humanos: maquínicos, animais, vegetais, minerais) atravessam as obras do programa. Todas elas superam as representações coloniais da paisagem, da natureza e da figura humana, num quadro de reciprocidade e de desantropocentrização, aspecto fundamental num período de catástrofe ecológica iminente — e de ameaça aos povos ameríndios.

Sinopse

A 19 de Julho de 1929, numa aldeia da Colômbia, um grupo de sapateiros planeou uma revolução para transformar as relações de classe e propriedade no país – auto- intitulavam-se “Os Bolcheviques do Líbano Tolima”. Não há registo dessa tentativa revolucionária que durou um só dia. As mulheres da vereda encontram-se com Aura, uma anciã anarquista, com a convicção de que a rebelião se encontra ainda em curso.

Biografias

María Rojas Arias (Bogotá) é uma artista visual e cineasta, formada na Escola de Artes KASK de Gante. O seu trabalho artístico foca-se na imagem em movimento em contextos audiovisuais e instalativos. Trabalha com material de arquivo oficial e não-oficial, procurando articular de maneira expandida as relações com acontecimentos específicos do passado que constituíram, entre outros aspectos, discursos nacionais, políticas de guerra, fundação e colonização de espaços. É co-fundadora de La Vulcanizadora, Laboratorio de Creación en Cine, Artes Visuales y Teatro Expandido.
Recebeu o prémio Next Generation da Fundação Príncipe Claus (Holanda) pelo seu trabalho audiovisual relacionado com a memória da primeira guerrilha da América Latina. O filme Abrir Monte foi exibido em diferentes festivais, tais como Documenta Madrid, Ji.lhava, Beijing, FICUNAM, Oberhausen, Bogoshorts, MIDBO, FICValdivia e Kinoforum. Abrir Monte foi galardoado com o Prémio Short Joy do Ji.hlava International Documentary Film Festival e com o Prémio para a Melhor Curta-Metragem Latino-Americana do Festival Internacional de Cine de Valdivia.

Raquel Schefer é investigadora, realizadora, programadora e docente na Universidade Sorbonne Nouvelle — Paris 3. Doutorada em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Universidade Sorbonne Nouvelle com uma tese dedicada ao cinema revolucionário moçambicano, é mestre em Cinema Documental pela Universidad del Cine de Buenos Aires e licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou a obra El Autorretrato en el Documental na Argentina, bem como diversos capítulos de livros e artigos em Portugal e no estrangeiro. Foi Professora Assistente na Universidade Grenoble Alpes, docente nas Universidades Paris Est — Marne-la-Vallée, Rennes 2, na Universidad del Cine de Buenos Aires e na Universidad de la Comunicación, na Cidade do México, e investigadora convidada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. É bolseira de pós-doutoramento da FCT no CEC/Universidade de Lisboa, no IHC/Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Western Cape e co-editora da revista de teoria e história do cinema La Furia Umana. No CEC, é coordenadora do grupo “Visual Culture, Migration, Globalization and Decolonization” e, no IHC, da Oficina de História e Imagem. É conselheira de programação do International Documentary Film Festival Amsterdam (IDFA).