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WORKSHOP | Escutar Réplicas

WORKSHOP | Escutar Réplicas com Pamela Cevallos

24 novembro 2025, às 18h

Gratuito.

Inscrições através do email hangarcia.production@gmail.com

Até 15 pessoas.

Hangar – Centro de Investigação Artística

Imagem do filme Cómo liberar un pájaro, 2025. © Pamela Cevallos

No âmbito da exposição Correntes de Restituição: Abolir o Museu que inaugura no HANGAR a 27 de novembro de 2025, convidamos a um workshop com a artista Pamela Cevallos.

Pamela participa na exposição com a obra Cómo liberar un pájaro [Como libertar um pássaro, 2025]. Neste vídeo, Pamela continua a sua investigação sobre colecções arqueológicas equatorianas, centrando-se em instrumentos cerâmicos pré-hispânicos de Manabí, no Equador, que hoje permanecem intocados nos depósitos de museus ocidentais. Adoptando o formato de um tutorial irónico sobre restituição, o vídeo mostra o artista Javier Rivera a moldar um moñudo de argila — uma ave pertencente à fauna local de La Pila, a sua terra natal. O objecto é inspirado num apito conservado no Museum of Archaeology and Anthropology, em Cambridge, no Reino Unido. Estes instrumentos de sopro “enjaulados” tornam-se interlocutores num diálogo sobre a história colonial de colecções e a violência da preservação, questionando como os museus definem legitimidade, autenticidade e valor.

No workshop Escutar Réplicas, seguimos as instruções de Javier e da artista para criar o nosso próprio moñudo de barro. Estes apitos pré-colombinos ficarão a fazer parte da exposição até o seu fecho, depois do qual poderá ser levado para casa pela/os sua/eus criador/as.

Pamela Cevallos (1984, Quito) é artista visual, antropóloga e curadora, cuja prática estabelece pontes entre a arte contemporânea e a investigação etnográfica. O seu trabalho examina as tensões entre os enquadramentos institucionais do património e as formas comunitárias de reapropriação. Desde 2015, colabora com a comunidade de La Pila (Manabí, Equador), valorizando as réplicas cerâmicas pré-hispânicas como ferramentas críticas para questionar a autenticidade e ativar relações alternativas com o passado. Através de instalações, pintura e projetos colaborativos, Cevallos explora a vida social dos objetos e a política dos arquivos. Expôs na 22.ª Bienal Sesc_Videobrasil, São Paulo (2023) e nas 15.ª e 14.ª Bienais de Cuenca (2021, 2019), tendo recebido o Prémio Paris (2023) e o Prémio Mariano Aguilera (2017). Realizou residências na Delfina Foundation, Londres; Cité Internationale des Arts, Paris; e MeetFactory, Praga. Atualmente, leciona na Pontifícia Universidade Católica do Equador.