Pedro Máia (n. 1983, Campo Grande, radicado em São Paulo) é um artista multidisciplinar que, desde 2016, realiza pesquisas artísticas sobre as encruzilhadas geográficas subjetivamente relacionadas à Guerra da Tríplice Aliança (1864) — conflito que antecedeu a fundação de sua cidade natal. Trabalhando tanto com apropriação quanto com pintura, ele reúne objetos encontrados em diferentes cidades, vilas e aldeias, considerando tanto memórias culturais e pessoais quanto às possibilidades de transformação da energia associada a essas memórias. As pequenas telas utilizadas são pouco convencionais em seu formato, feitas a partir de instruções precisas e, depois de pintadas, às vezes se tornam peças que são lentamente montadas.
Anteriormente, ele trabalhou com colagem, desenho, escultura, instalação, entre outros suportes, chegando finalmente ao estudo da energia e como ela se conecta ao espaço físico, produzindo instalações em espaços institucionais e abandonados, fundamentadas no seu interesse pela geomancia e pelo Feng Shui, e por outros saberes não- ocidentais.
Seu trabalho já foi exibido em instituições como o MAB-FAAP, MuBE, Galeria Emma Thomas, Desapê e OASIS. Ele é um artista residente no Hangar de 25 de maio a 15 de junho de 2025, onde aprofundará ainda mais sua pesquisa sobre as feridas imperiais e seus processos de cura através da arte, dos estudos metafísicos e de ferramentas espirituais.