Moisés Patrício é babalorixá, artista visual e arte-educador. Sua prática transita entre pintura, desenho, fotografia, instalação e performance, abordando temas como identidade, religiosidade e ancestralidade afro-diaspórica. Seu trabalho ressignifica elementos sagrados, mitos e rituais, articulando uma poética de resistência e denúncia das desigualdades raciais e estruturais no Brasil. Patrício se define como um “corpo-pesquisador-transeunte”, registrando e revelando modos de existência que atravessam o tempo e as relações de poder. Formado pela ECA-USP, participou de exposições internacionais como O Quilombismo (HKW, 2023) e Enciclopédia Negra (Pinacoteca, 2021), além da Bienal de Dakar (2016) e Histórias Afro-Atlânticas (MASP e Instituto Tomie Ohtake, 2017). Seu trabalho reafirma a arte como ferramenta de preservação cultural, reinvenção simbólica e luta política. É membro do conselho da Pinacoteca de São Paulo.
Esta residência é apoiada pela galeria Karla Osório.