OP-FILM: UMA ARQUEOLOGIA DA ÓTICA
Filipa César & Louis Henderson
CONVERSA COM FILIPA CÉSAR E MARGARIDA MENDES
Data: 23 Março 2019 | Sábado
Hora: 18:00
Entrada Livre
*Conversa em português
Fotografia: João Ferro Martins
Op-Film: An Archaeology of Optics é uma exposição colaborativa dos artistas e cineastas Filipa César e Louis Henderson.
A exposição é composta por um filme e uma instalação baseados num processo de investigação em curso que explora de que forma as tecnologias óticas de design militar e colonial – das lentes de Fresnel aos sistemas globais de navegação por satélite – informam e são informadas pelos modelos de conhecimento ocidentais. Através de uma abordagem crítica às ideologias por trás do desenvolvimento destes instrumentos de orientação e vigilância, os artistas consideram que os gestos imperiais de descoberta, revelação e posse estão embutidos em associações entre o ver e entender, a projeção de luz e iluminação.
BIO
Filipa César é uma artista e cineasta interessada nos aspetos ficcionais do documentário, nas fronteiras porosas entre o cinema e sua receção, e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho toma os media para expandir ou expor contra narrativas de resistência ao historicismo. Desde 2011, César tem estudado as origens do cinema na Guiné-Bissau como parte do Movimento de Libertação Africano. Uma seleção de exposições e projeções foram realizadas em: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.
Margarida Mendes é curadora, educadora, vive em Lisboa. A sua pesquisa – com enfoque no cruzamento da cibernética, filosofia, ecologia e filme experimental –
explora as transformações dinâmicas do ambiente e o seu impacto nas estruturas sociais e no campo da produção cultural. Integrou na equipa curatorial da 11ª Bienal de Gwangju (2016) e da 4ª Bienal de Design de Istambul (2018). Dirigiu também diversas plataformas educacionais, como escuelita, uma escola informal do Centro de Arte Dos de Mayo – CA2M, Madrid (2017); O espaço de projectos The Barber Shop em Lisboa dedicado à pesquisa transdisciplinar (2009-16); e a plataforma de pesquisa curatorial sobre ecologia The World In Which We Occur, activa desde 2014. Margarida Mendes é doutoranda no Centre for Research Architecture, Visual Cultures Department, Goldsmiths University of London com o projecto “Deep Sea Spectrum” e uma frequente colaboradora do canal online de vídeo reportagem Inhabitants.