Cristina Lisot | Caxias do Sul-1973|, vive e trabalha em Caxias do Sul-RS. Seu interesse por processos identitários figuram como seu recorte de pesquisa. Atua de modo transversal entre as artes da cena, as visuais e as ciências do corpo, costurando estes campos.
Iniciou carreira na dança contemporânea em 1998 com o grupo 4ª Parede, tendo integrado o elenco estável da Cia. Municipal de Dança de Caxias do Sul como bailarina e figurinista | 2006 a 2013|.Paralelamente à formação estrita em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cursou cadeiras de graduação em Artes Plásticas, Artes Dramáticas e Educação Física, estruturando currículo próprio e híbrido. É mestre pela mesma universidade, onde dissertou sobre identidade biológica-cultural em área de colonização italiana no Brasil, pós-graduada em Corpo e Cultura: Ensino e Criação pela Universidade de Caxias do Sul, onde teve o figurino e a dança como tema de estudo, além de residente no American Dance Festival-ADF, na Duke University-EUA onde seus estudos sobre pele e o movimento esclareceram um vínculo fundamental com as artes visuais, onde atualmente se concentra grande parte de sua produção. Trabalha com movimento e técnicas de tricô em metal e bordado com fio metálico sobre papel manteiga antigo, transferindo essas manualidades para novos suportes e em diferentes contextos.
Cristina participou das exposições coletivas 21 Território da Arte|2024-Araraquara|; SAV 2023 |2023-Vinhedos|; Natural Impressions | 2023, New Orleans|; Toda Volta |2023-São Paulo|; O que ancora |2023-Rio de Janeiro|; Fuorisalone |2022-Milão|; Romper a Superfície é Abrir um Rio para Dentro |2022-São Paulo| e Fibra I Bienal de Arte Têxtil |2019-Porto Alegre|; e das exposições individuais Entre |2024-Caxias do Sul|; Jardim de Roccas |2023-Caxias do Sul|; Tu, Costura! |2022-Caxias do Sul| e Vitrine#2 |2022-Porto Alegre|.
Recebeu o Prêmio FAC Artes Visuais pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul |2021| e de melhor caracterização pelo figurino de Khaleh, pela Secretaria de Cultura de Capão da Canoa |2023|. Publicou capítulos nos livros Pags. da Dança |2018| e no E por falar em corpo performático |2013|, e o livreto de artes homônimo à exposição Jardim de Roccas |2023|.
Tem obras no AMARP-Acervo Municipal de Artes Plásticas de Caxias do Sul.
Buscando expandir suportes expressivos, Cristina está aberta a experimentações colaborativas com outros artistas nos campos de fronteiras. Atualmente faz parte de uma comunidade de discussão de processos e projetos nas artes visuais, desenvolve o trabalho |O|, subsidiada pelo Ministério da Cultura do Brasil, Secretaria de Estado da Cultura do RS através da Lei Complementar nº 195/2022-Lei Paulo Gustavo; continua bailarina e bioquímica e por vezes atua como facilitadora no campo das artes do movimento e têxteis.