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COCO FUSCO – 14 Junho 2017

COCO FUSCO

COCO FUSCO
Conversa com a artista e Projeção de vídeo
14 de Junho 2017, 19h

Coco Fusco vai falar sobre as práticas artísticas em Cuba e na diáspora e apresentar o vídeo La confesión, 2015.

La confesión é uma reflexão sobre a crise mais significativa na história intelectual da Revolução Cubana – a confissão pública do poeta Heberto Padilla de que era um contra-revolucionário. Pronunciada em Abril de 1971 diante de uma platéia no Sindicato de Artistas e Escritores de Havana, depois de o poeta ter sido mantido por cinco semanas na prisão Villa Marista, a confissão de Padilla mudou os termos do pensamento da Nova Esquerda sobre o papel da cultura na revolução, e reconfigurou a relação entre os intelectuais europeus e o nacionalismo do terceiro mundo. O vídeo não é uma reconstrução dramática do evento: é uma consideração das maneiras pelas quais a performance de Padilla como um contra-revolucionário arrependido reverbera até os dias de hoje. Fusco concentra-
se nos documentos que formam o resíduo material do caso, incluindo um fragmento da confissão filmada que só foi tornada pública recentemente.

BIOGRAFIA

Coco Fusco é artista, escritora e professora do departamento de Artes da Universidade da Florida, EUA. É bacharel em Semiótica pela Brown University, Providence, EUA (1982), mestre em Pensamento Moderno e Literatura pela Stanford University, EUA (1985), e doutora em Artes e Cultura Visual pela Middlesex University, Londres, Reino Unido (2007). Filha de mãe cubana e pai italiano, Coco Fusco combina performance com mídias eletrônicas, em formatos que vão de projeções em grande escala incorporadas a produções multimídia a performances participativas em eventos culturais. O atrito cultural, que lhe é familiar desde a infância, serve de matriz a suas investigações ao tratar de temas diversos como o estranhamento entre culturas e exotização do outro, a banalização da violência política em uma cultura dominada pela simulação, e o uso de vigilância eletrônica contra intelectuais negros nas décadas de 1960 e 70. Seus vídeos e performances foram exibidos em exposições internacionais como a 56ª Bienal de Veneza, Itália (2015); 8ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2011); Bienal de Whitney, Nova York, EUA (2008 e 1993); Transmediale, Berlim, Alemanha (2007); PERFORMA 05, Nova York (2005); 5ª Bienal de Xangai, China (2004); 3ª Bienal de Gwangju, Coreia do Sul (2000); dentre outras exposições. Vive e trabalha em Nova York, EUA.

Programação inserida no “Lisboa Capital Íbero-americana de Cultura 2017”