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Christine Enrègle

Christine Enrègle, born in 1973 in Suresnes (Paris), Doctor in Visual arts since 2008, from Paris 1, Panthéon-Sorbonne University, is professor of Visual arts at the Condé school of design, in Paris. While writing her thesis, she is awarded university scholarships to study in Brazil, at the Fine Arts School of Belo Horizonte (Minas Gerais). First ever artist in residency at the Rio botanical gardens in 2004, she participates in various artistic residencies in France and abroad, in particular in Lisbon where she presents her drawings during a personal exhibition, “From the tropical gardens to the charcoal. Drawing through its metamorphoses”, in the Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) from July 7th to the 26th, 2020. She participates in individual and group exhibitions in France, Portugal, Brazil, South Korea…
Her residency in Hangar has the support of the Institut français du Portugal.

The work planned for June and July 2020 at Hangar will pursue the one initiated in August 2018 and developed in June and July 2019. What touched me in 2018 in Lisbon are some trees I encountered first in Brazil, sixteen years ago, when I was studying at the School of Fine arts in the city of Belo Horizonte, in the state of Minas Gerais. I stayed there for one year during my PhD. So, I wanted to work on the link between Portugal and Brazil, through these trees. The drawings I did here are in charcoal on canvas: they are one meter and a half in height and eighty centimeters wide. The size is the same as the table I worked on. And it is linked to the size of the body. From the trees of different gardens in the city until these drawings in charcoal, I used pictures I took of those trees. These different stages of the process that include different gestures have brought me to transform trees and to work on the theme of the metamorphosis. Through the drawings, trees became more organic: turning into bodies, animals, hair, muscles, sorts of cut-away diagrams… Presented in a chronological way, as if they were part of a travel journal, they have no beginning and no end: they just punctuate time and space, they rhythm the crossing of the landscape as if they were a kind of markers.
Beyond this experience (of which these drawings testify), they invite us to travel through the memory and to cross the forest of our childhood full of fear and beauty.
With the support of the Institut français du Portugal.

Christine Enrègle, nasceu em 1973 em Suresnes (Paris). Doutorada em Artes Visuais desde 2008, de Paris 1, Panthéon-Sorbonne University, é professora de artes visuais na Condé School of Design, em Paris. Enquanto escrevia a sua tese, foi galardoada uma bolsa universitária para estudar no Brasil, na Faculdade de Belas Artes de Belo Horizonte (Minas Gerais). Primeira artista em residência no jardim botânico do Rio em 2004, participou em várias residências artísticas em França e no estrangeiro, em particular em Lisboa onde irá apresentar os seus desenhos durante uma exposição pessoal intitulada “Do jardim tropical ao carvão vegetal: o desenho na linha das metamorfoses”, na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) de 7 a 26 de Julho de 2020. Participa em exposições individuais e em grupo em França, Portugal, Brasil, Coreia do Sul…
A sua residência no Hangar tem o apoio do Institut français du Portugal.

O trabalho a desenvolver em Junho e Julho de 2020 no Hangar dará continuidade ao iniciado em Agosto de 2018 e desenvolvido em Junho e Julho de 2019. O que me emocionou em 2018 em Lisboa são algumas árvores que encontrei pela primeira vez no Brasil, 16 anos atrás, quando estudava na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Vivi em Belo Horizonte por um ano durante o meu doutoramento. É nesse sentido que queria trabalhar o elo entre Portugal e Brasil, através dessas árvores.
Os desenhos que aqui fiz são em carvão sobre tela: têm um metro e meio de altura e oitenta centímetros de largura. O tamanho é o mesmo da mesa em que trabalhei. E está ligado ao tamanho do corpo. Das árvores de diferentes jardins da cidade até aos desenhos a carvão, usei as fotos que tirei das árvores. Esses estágios diferentes do processo, que incluem gestos diferentes, levaram-me a transformar árvores e a trabalhar no tema da metamorfose. Através dos desenhos, as árvores se tornaram mais orgânicas: transformando-se em corpos, animais, cabelos, músculos, espécies de diagramas cortados… Apresentados de maneira cronológica, como se fizessem parte de um diário de viagem, não têm começo nem fim: pontuam apenas o tempo e o espaço, dão ritmo à travessia da paisagem como se fossem uma espécie de marcadores. Além dessa experiência (testemunhada pelos desenhos), eles nos convidam a viajar pela memória e a atravessar a floresta da nossa infância, cheia de medo e de beleza.

Com o apoio do Institut Français du Portugal.