NO MEIO DO MEIO
DA VIAGEM
É uma viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transporte urbano, se misturam com a presença de 5 jovens desses mesmos locais. Conta com Tristany para moderar toda a provocação sonora. E funciona como uma alça estética para capturar os sons de existência enquanto grupo nos meios de transporte e na atual situação de pandemia que todos nós enfrentamos hoje.
© Tristany
1 – Nael D’Almeida, “korpos”
Numa viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transportação urbana, existem. Estando nós em pleno confinamento Nael e Tristany falam e celebram toda a sua presença korporal nesta viagem .
“Os nossos korpos movimentam-se nos espaços e os espaços são de quem os korpos se movimenta”.
Nael D’Almeida
Nael D’Almeida, uma jovem de 24 anos, um corpo socialmente negro e periférico, que faz uma caminhada em busca da sua essência, tentando atingir a sua maior potência.
2 – Fernando Nuwanda, “kero ser”
Numa viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transportação urbana, existem. Em pleno covid 19 As conversas estabelecem-se, Fernando e Tristany encontram-se duas vezes. A primeira vez para olhar, a segunda para contemplar tudo aquilo que “kerem ser”.
Fernando Nuwanda
Desde muito cedo que a estética das coisas me despertou muita curiosidade, uma memória bem viva que tenho, era de pedir feedback à professora da primária para ver os meus desenhos, desenhava em tudo, nas capas dos livros, no dossier e até cheguei a riscar paredes mais tarde. Sempre achei que quando fosse “crescido” o design seria parte dos meus hobbies ou até mesmo profissão, mas por MEDO nunca apostei nas “artes”, deixando-a cada vez mais para trás.
Mais tarde em 2015/2016 comecei a fotografar com o telemóvel e com aquelas câmeras mais simples que todos temos em casa e foi aí que realmente vi que a fotografia era algo que gostava e que me tirava de casa, podia andar horas na companhia de um amigo para descobrir sítios novos ou arranjar aquela “vista” e fazer aquela foto mesmo que fosse com o telemóvel. Depois surgiu o 1º emprego de verão e investi tudo o que “tinha” no meu 1º material.
Desde então, com a fotografia, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas, ter experiências que só via na “televisão”, conhecer lugares novos. Acima de tudo a experiência da fotografia deixa-me ter um testemunho de tudo o que queira, saber que tenho o poder de criar a qualquer instante, é das melhores sensações que a fotografia nos traz.
Hoje em dia quero que o meu trabalho acompanhe a minha sensibilidade, o meu sentido crítico sobre as coisas que trabalho. Deixar a minha visão, o meu “ponto” de vista, é o meu objetivo enquanto fotógrafo.
3 – Fabrícia Glória, “kaminho”
Numa viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transportação urbana, existem. Num período do começo do desconfinamento Fabrícia e Tristany encontram-se para caminhar numa direção, com o propósito de perceber o que se tinha passado até então, no meio do meio da viagem de cada um.
Fabrícia Glória
Fabrícia Glória, 22 anos, descendente de santomenses, nascida em Lisboa. Brevemente licenciada em enfermagem, procura, diariamente, tanto o seu próprio desenvolvimento, como o da sua comunidade.
4 – Rafael Oliveira, “komunicação”
Numa viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transportação urbana, existem. No meio do meio do desconfinamento Rafael e Tristany através da comunicação e da verdade de cada um, percebem que a existência é algo que nem sempre existe em nós.
Rafael Oliveira
Rafael Oliveira, 22 anos, nascido em Luanda. Artista visual multidisciplinar, que através do seu espírito se conecta com o amor do mundo e do universo!
5 – Laima Barros, “komo está a afetar”
Numa viagem sonora em movimento, onde as camadas de intensidade orgânicas dos seres humanos, que coexistem nos espaços de transportação urbana, existem. No final do desconfinamento, devido ao novo confinamento. Laima e Tristany num desabafo, constatam que para além dos ciclos traumáticos, ao quais nos temos habituado, serem algo quase normal… das ocasiões surgem as maiores verdades.
Laima Barros
Laima Barros, de origem angolana e guineense, tem 23 anos e está no último ano da Licenciatura em Química na FCUL. Tem como interesses questões sociais, ecologia e sustentabilidade. Gosta de apreciar e desportivamente produzir arte.
Kresceu e vive na Linha de Sintra, uma periferia de Lisboa, onde as ruas à noite têm um tom alaranjado, em ke as mães vêm dormir depois de mais um dia de trabalho e onde a ostentação é ter o fato de treino kompleto do Liverpool.